quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Livro: O Céu Está em Todo Lugar.

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Quando a editora Novo Conceito anunciou há um tempo atrás três lançamentos (Não sou este tipo de Garota, Roubada e O Céu Está em todo lugar) sem dúvida alguma o que mais chamou minha atenção foi 'O Céu Está em Todo lugar', simplesmente gostei da sinopse e da capa à primeira vista e ele entrou rapidamente na minha whislist. Fiquei super feliz quando ganhei o livro no concurso cultural que rolou no tumblr/site do livro. O concurso era pra enviar um postal com uma citação do livro, e para minha surpresa e felicidade o meu foi o escolhido logo na primeira semana.

Esse foi o meu postal:


Assim que o kit chegou (o kit é simplesmente perfeito *-*) não me contive e comecei a ler. E me deparei com uma estória simples, bem escrita e comovente. Resolvi então fazer uma breve resenha pois acho mais que necessário expressar minha opinião sobre 'O céu está em todo lugar'.


Livro: O Céu Está Em Todo Lugar
Autora: Jandy Nelson
Editora: Novo Conceito

Lennie Walker, de dezessete anos de idade, gasta seu tempo de forma segura e feliz às sombras de sua irmã mais velha, Bailey. Mas quando Bailey morre abruptamente, Lennie é catapultada para o centro do palco de sua própria vida - e, apesar de sua inexistente história com os meninos, inesperadamente se encontra lutando para equilibrar dois. Toby era o namorado de Bailey, cujos sentimentos de tristeza Lennie também sente. Joe é o garoto novo da cidade, com um sorriso quase mágico. Um garoto a tira da tristeza, o outro se consola com ela. Mas os dois não podem colidir sem que o mundo de Lennie exploda...

Lennie é uma garota de dezessete anos, que mora com sua avó e seu tio Big, e que acabou de perder sua irmã de uma maneira inesperada. Ela não sabe quem é seu pai e sua mãe foi embora quando ela tinha apenas um ano sem deixar 'rastro' algum. Lennie tinha sua irmã como amiga e confidente, então sua morte a abala de uma maneira inconsolável. 
A morte de alguém que você ama sempre será cedo de mais, e acho que é assim que a Lennie pensa, sua irmã Bailey morreu com apenas 19 anos e toda uma vida pela frente, diversas vezes a Lennie se lamenta por isso: sua irmã nunca terá alguns sonhos realizados. E o mais difícil de encarar é: Bailey se foi e o mundo não parará por isso, a vida continua, tudo continua. Mas Lennie de certa forma não aceita isso.

  • “A tristeza é uma casa em que ninguém pode proteger você, em que a irmã caçula vai envelhecer mais que a irmã mais velha, em que as portas não deixam mais você entrar nem sair.”

Mas afinal de tudo, Lennie precisa seguir em frente, e continuar com sua vida, mesmo que esta tenha parecido perder o sentido. Ela precisa voltar ao colégio e as suas aulas de música. (Lennie tem paixão por música e literatura, no livro encontramos várias vezes referências a diversos clássicos literários, o que achei super legal.)

Joe é o garoto novo da cidade que veio da França e frequenta o mesmo colégio e também é apaixonado por música como Lennie, ele é o típico garoto pelo qual qualquer garota de apaixonaria, por quem Lennie se apaixonaria. E é isso que acontece; mas Lennie se vê entre Joe e Toby; Joe, quem a fez viver a vida pela primeira vez desde que sua irmã morreu, e Toby, o namorado da sua irmã, que está passando pela mesma maré de tristeza que ela, e que compartilha dessa tristeza com ela, é como se ele fosse a única pessoa na terra que a entendesse verdadeiramente, já que está na mesma situação, e quando estão juntos é como se a Bailey também estivesse.
“Só quero ficar perto de você – sussurra – É o único momento em que não morro pela falta que ela me faz.”

O Céu Está Em Todo Lugar é um livro  profundo. Acho que essa frase é a melhor descrição para ele, é o tipo de livro que a cada situação vivida pela personagem, você precisa se colocar no lugar dela para poder entendê-la.  Eu pretendo relê-lo em breve para tentar compreender melhor algumas coisas.

Booktrailer:


Não sei como explicar, mas eu pensei que gostaria bem mais desse livro. Não me entenda errado, eu gostei, mas não tanto como pensei que gostaria. Lennie no começo me irritou um pouco, eu entendia ela, mas não via uma explicação convicta para algumas coisas que ela fazia. Depois da metade do livro eu comecei a compreendê-la melhor, aí as coisas melhoraram bastante.
O enredo é muito bem desenvolvido, simples, comovente e maravilhoso, envolvendo um pouco de música e referências literárias, encanta todos que gostem de ambos; e o trabalho que a novo conceito fez ficou lindo, e acho que isso influenciou um pouco na história, eu me fascinava com cada bilhete que encontrava nas páginas. O livro possui quotes perfeitos, frases isoladas que fazem todo o sentido independente de algumas situações. 
Indico o livro para todas as pessoas que gostam de um bom romance (quase todas, eu acredito).

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Em memória de Dudu.

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Me lembro da primeira vez que te vi, do primeiro sentimento que senti. No fundo sabia que seriamos ótimos amigos. E assim comecei a cuidar de você, a brincar com você, e até mesmo a reclamar com você algumas vezes. Mas não importa o que eu dissesse você sempre olhava pra mim com os mesmos olhos brilhantes, e da mesma maneira de antes. 
Sempre amei animais, e sabia que você não seria apenas mais um. Você seria um dos meus dois cachorros favoritos, não sabia o que o futuro nos reservava, e sempre quis ver você crescer, e até mesmo envelhecer no tempo certo.
Mas o destino gosta de nos pregar peças, e assim eu te perdi.
E o que mais me dói são as lembranças, lembranças de você brincando, pulando, correndo, me atrapalhando e me mordendo até. Nunca gostei de cicatrizes, mas meu desejo é que a que você fez na minha mão  fique pra sempre, assim sempre terei uma lembrança.
Fiquei contigo na saúde e até mesmo na doença, não sei se foi mais doloroso pra você ou pra mim, ver você sofrer e chorar, doía até dentro de mim, e chegava a ser uma dor quase física. Assim, acho que sua partida até mesmo pra você foi um alívio, e de certa forma, isso me consola.
Mas a todas as suas lembranças sempre ficarão vivas em mim.
E no fundo eu sei que nunca te perdi.

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Hoje, perdi meu cachorro mais novo, ele era um filhote ainda. Mas ele adquiriu uma doença sem cura, e tivemos que sacrifica-lo. Isso esta doendo dentro de mim até agora.
Sempre amei animais, e sempre tive um amor fora do comum por cachorros. E sempre terei.
Esse é o segundo cachorro que perdi esse ano. E acho que isso fez tudo ser mais doloroso.
Mas sei que os cinco meses que ele passou aqui em casa foram alguns dos mais divertidos da minha vida, e vou guardar tudo com carinho na memória.
Eu sei que algumas pessoas talvez achem que seja drama, ou qualquer coisa do gênero, mas só eu sei o amor que eu sentia por ele, e como foi doloroso ver ele partir dessa maneira.
E o Dudu vai ficar guardado em minha memória pra sempre. <3
Vou amar ele pra sempre, e sei que meu amor e minhas lágrimas de certa maneira não estão sendo em vão. :'(
E como ele marcou 5 meses da minha vida de maneira significante, dedico este post a ele, um pequeno espaço em uma coisa que significa muito pra mim (blog), mas sei que ele merece muito mais, e sempre será merecedor. 

“Só quem tem cães pode entender o amor incondicional que eles oferecem e a dor imensa quando eles se vão.” Marley & Eu


quarta-feira, 7 de setembro de 2011

#03 - Citação

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O título do filme "À Procura da Felicidade" foi tirado da constituição americana. Escrita em 1776, o texto diz: 

"Todos somos iguais, e temos os mesmos direitos... A Vida, Liberdade e à procura da Felicidade"


Por que o texto não diz simplesmente que temos direito a Vida, Liberdade e Felicidade? Por que o texto coloca essa história de Felicidade como algo que temos que ir atrás, e não "padrão" como a Vida e a Liberdade? 
 - Porque os fundadores dos EUA queriam que os indivíduos criassem seus próprios caminhos, e jamais seguissem um padrão determinado de vida.

Uma sociedade desenvolvida é aquela que permite que cada indivíduo consiga viver do caminho que achar mais conveniente para ser feliz. Médico, artista plástico, grafiteiro, músico, pesquisador, cientista, todos temos direito a ser felizes; você não deveria ter que seguir o esquema papai-mamãe vigente na geração passada para ser feliz.

Enquanto você estiver "À Procura da sua Felicidade", significa que você está atrás do seu próprio espaço, da sua própria dignidade e respeito, sem baixar a cabeça para modelos estabelecidos pelos jurrásicos das gerações passadas.

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Texto retirado do blog 'Reflexão'  

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

23:54h

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Para onde vão os dias que se passam?
Certamente vão para algum lugar onde não podemos ir, mas onde nossa memória pode revivê-los constantemente.
O passado, geralmente, é algo que vem para nos atormentar, ou talvez, apenas para nos fazer pensar. Pensar em como tudo poderia ser diferente se tivéssemos feito a escolha certa, ou apenas esperado o tempo certo. O que passou gosta de nos torturar com fantasma do 'e se...'

'E se... E se... E se...'

Talvez ironicamente, o 'e se' sempre venha acompanhado de um verbo conjugado no passado. talvez para nos mostrar que não há como saber o que teria acontecido 'se' algo diferente houvesse acontecido.

Não  importa para onde vão os dias que se passam. E mesmo que importasse, nunca descobriríamos. O que importa é o que vamos fazer com os dias que virão.
E acho que deveríamos apenas vivê-los; vivê-los sem medo do fantasma do 'e se'; sem nos preocuparmos para onde vão ou de onde vem. Podemos no preocupar um mínimo com o que o futuro nos reserva, que com certeza não é o mesmo que antes, o futuro não é mais como ele já foi em outros tempos.