quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Livro: Os 13 porquês

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Livro: Os 13 porquês
Autor: Jay Asher
Editora: Ática
Páginas: 256

SinopseAo voltar da escola, Clay Jensen encontra na porta de casa um misterioso pacote com seu nome. Dentro, ele descobre várias fitas cassetes. O garoto ouve as gravações e se dá conta de que elas foram feitas por Hannah Baker - uma colega de classe e antiga paquera -, que cometeu suicídio duas semanas atrás. Nas fitas, Hannah explica que existem treze motivos que a levaram à decisão de se matar. Clay é um desses motivos. Agora ele precisa ouvir tudo até o fim para descobrir como contribuiu para esse trágico acontecimento.


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Ao Chegar em casa Clay Jensen encontra um estranho pacote na frente da sua casa com seu nome. Ao abrir o pacote Clay encontra uma caixa de sapato com 7 fitas cassetes, com os lados numeradas de 1 a 13. Ao colocar a primeira fita, Clay ouve a voz de Hannah Baker, uma garota da sua escola, da qual ele gostava e que havia cometido suicídio duas semanas antes.
Hannah explica, que se ele recebeu essas fitas, é porque de alguma maneira ele contribuiu para a morte dela, ele é um dos treze porquês de seu suicídio. 
Para quem recebe as fitas só existem duas regras: Um: escutar. Dois: repassar para a próxima pessoa da lista.
"Não vou dizer qual fita tem a ver com sua participação na história. Mas, não precisa ter medo. Se você recebeu essa caixinha bonitinha, seu nome vai aaprecer... Eu prometo. Afinal, uma garota morta não mentiria."
Clay se pergunta quase instantaneamente, o que ele pode ter feito de tão ruim para a Hannah, para ele esta neste lista. Ele não entende, não aceita, não se lembra o que ele pode ter feito para acarretar isso para a vida dela, para a vida da garota que ele poderia até amar um dia. Se esse um dia ainda pudesse existir.

Ela começa desde do primeiro acontecimento, aquele que deu origem a 'bola de neve' que se tornou sua vida; e cada acontecimento é ligado, direta ou indiretamente, a outro, que no final a leva a decisão mais séria e complicada que ela poderia ter na vida, a decisão de o quê fazer com sua vida.
Em cada porquê, uma pessoa diferente é citada, os atos que aquela pessoa praticou e que teve sérias consequências quando somados ao final na vida a Hannah são explicados desde o começo.

Cada fita que se passa, cada acontecimento, cada pessoa citada, só servem para deixar o Clay de uma maneira que ele nunca havia estado antes. Ele chora, ele grita, ele lamenta, mas nada pode mudar o que aconteceu. Nada. Já fazem duas semanas que a Hannah morreu, e ele só veio a descobri os mistérios que cercavam sua morte agora. E sabendo de tudo, é tarde demais, ele não pode fazer nada. Apenas realizar o último pedido de Hannah, e ouvir todas as fitas, aguardando quando será a sua vez, afinal, o que ele fez de ruim para a Hannah?
No decorrer, as fitas se tornam quase uma obsessão, é possível sentir os sentimentos do Clay com relação as fitas e o suicídio da Hannah. É possível ficar tão obcecado quanto ele, para descobri a participação dele nas fitas.
E possível descobri os sentimentos que ele tinha com relação a Hannah, uma garota cujo a reputação foi arruinada por boatos, mas ele se recusava a creditar que aquilo era verdade, ele queria conhecê-la como ela realmente era, mas ele era tímido de mais para isso, e quando finalmente criou coragem, era tarde de mais.
"Odeio o que você fez, Hannah.Você não precisava ter feito isso. Odeio sua escolha, Hannah."
A Hannah tinha escolha? Sim, ela tinha. Mas ela escolheu deixar de viver. Ela escolheu deixar tudo para trás. Ela escolheu não correr mais o risco de se decepcionar com as pessoas. O principal porquê? As pessoas. As pessoas não fazem ideia do que um simples ato pode provocar na vida do próximo.
"(...) Acho que essa é a questão central. Ninguém sabe ao certo impacto tem na vida dos outros. Muitas vezes não tem  noção. Mas forçamos a barra do mesmo jeito."
Se os motivos que a Hannah mostrou, fossem analisados separadamente, talvez muitas pessoas achassem que ela estava criando uma tempestade em um copo d'água. A Hannah era uma adolescente bonita, era inteligente, ela tinha amigos. Mas ela tinha a típica insegurança de adolescente, e talvez ela não tenha sido forte o suficiente para dar a volta por cima desde que tudo começou.
Você entende os motivos dela para o suicídio? Sim, você entende. Mas nada justifica. 
Se ela tivesse dado uma chance ao Clay, talvez fosse diferente, mas não, a partir de um certo ponto da vida dela a decisão já estava tomada.
Com o passar das fitas, você percebe que em algumas vezes a Hannah tem medo de seguir sua decisão, mas quando ela precisa de ajuda, ninguém a ajuda, ninguém a motiva, ninguém lhe da um motivo para continuar vivendo. Pelo contrário, muitas pessoas continuam a empurra-la pra baixo.
"(...) Percebe como você se tornou mesquinha. Pode parecer que você não consegue se encaixar nessa cidade. Pode parecer que, toda vez que alguém lhe dá a mão para você  se  levantar, a  pessoa  larga e você escorrega mais para o fundo. Mas você tem que parar de ser pessimista, Hannah, e aprender a confiar nas pessoas à sua volta. Então faço isso, Mais uma vez."
Os Treze porquês é um livro instigante. Mas principalmente, te faz pensar em como você trata as pessoas. Em como você lidar com os problemas do outros. Te faz pensar em quantas pessoas será que você já magoou por causa do que para você, era apenas uma besteira, mas não para a pessoa atingida. Mas também é um livro que te faz querer ser uma pessoa melhor

A narração de Jay Asher é simples e intensa. É dividida entre o Clay, que narra em primeira pessoa, e é intercalada com a narração da Hannah sobre os fatos ocorridos. 
"(...) Eu te perdôo mesmo. Na verdade, perdôo quase todos vocês. Mas, ainda assim, vocês precisam me escutar até o fim. Ainda assim, vocês precisam saber."
Recomendo o livro para todos, mas acho que é um tipo de livro que deveria ser adotado nos colégios, por tratar de temas como: bullying, amizades, aceitação, suicídio, etc.
Mas a educação, e o incentivo à leitura nos colégios daqui do Brasil andam precárias, que é melhor nem se prolongar no assunto.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Livro: Nick & Norah

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Livro: Nick & Norah - Uma noite de amor e música
Autores: Rachel Cohn, David Levithan
Editora: Galera
Páginas: 224





SinopseO que pode acontecer quando dois adolescentes se conhecem por acaso em um caótico show de punk rock? Eles se apaixonam, é claro. Depois de um beijo, Nick e Norah vivem uma aventura pelos bastidores de NYC - um encontro repleto de alegria, ansiedade, confusão e entusiasmo, como deve ser a primeira vez.



"Sei que isso vai parecer meio estranho, mas poderia ser minha namorada pelos próximos cinco minutos?"
Essa realmente é uma maneira estranha de conhecer uma garota. Mas é assim que Nick conhece Norah e vice versa. Norah conhecia Nick antes, mas apenas por suas playlists, que ele insistia em mandar para sua ex. Playlists de bom gosto, o que é difícil encontrar hoje em dia. Mas Norah jamais imaginaria encontrar aquele cara, e naquelas circunstâncias.

Nick é baixista de uma banda de queercore e ultimamente está no fundo do poço por ter levado o fora da sua namorada, agora ex-namorada, e não fica nem um pouco feliz quando a vê no meio de um show de punk rock com outro cara. Após exatamente três semanas, dois dias e vinte e três horas, ela já tem outro cara, pois é, ele ainda não superou.
E é no estado de querer fujir e se esconder para não ter que encarar sua ex, Trish, mas também, não querendo demostrar isso, que quando ele vê que Trish e o outro cara, estão vindo justamente para onde ele está, não há outra opção há não ser pedir para a garota com blusa de flanela e corte de cabelo de escola particular que está ao seu, para ser a namorada dele pelos próximos cinco minutos.

Norah é uma garota na dela. Filha do diretor de uma super gravadora, sabe tudo que precisa saber sobre música. Aparentemente só está naquele show de punk rock, com algumas bandas de qualidade duvidosa, para apreciar as bandas de boa qualidade e para acompanhar sua amiga Caroline que quando fica bêbada precisa de alguém para leva-lá para casa. A última coisa que passava na sua mente era arrumar um namorado, nem que por apenas cinco minutos, mas a garota mais ou menos irritante do seu colégio, a Trish, estava vindo em sua direção, e ela não queria ser vista, então quando aquele cara estranho, bonito, mas mesmo assim estranho, fez aquela pergunta para ela, ela respondeu que sim.

Depois dos aparentes menos de cinco minutos, Norah percebe que o cara, agora ela sabe que sue nome é Nick, conhece Trish e Trish conhece Nick, e Nick também percebe isso. Então, Norah também percebe que Nick é o ex namorado da Trish, que escrevia as mais lindas músicas para ela, e que ela retribuía o traindo desde sempre.
Logo, um pedido de namorada-de-cinco-minutos se transforma em um pedido de carona para casa, para ajudar a levar a Caroline, que agora já está bêbada. E após alguns reajuste se transforma na noite mais incrível da vida de dois adolescentes decepcionados com o amor, que descobrem que ainda é possível amar, basta encontrar a pessoa certa. Uma noite regada a muito romance, histórias, horas sem dormir e é claro, muita música, por toda a cidade de Nova York.
"Eu não devia terminar essa música. Sempre penso em cada noite como uma canção. Ou cada momento como uma canção. Mas agora estou vendo que não vivo uma música só. Passamos de uma para outra, de letra para letra, de acorde para acorde. Não há um fim aqui. É uma playlist infinita. (...) Meu coração acelera. Eu estou aqui, no agora. Também estou no futuro. Estou abraçando-a e querendo e sabendo e esperando, tudo ao mesmo tempo. Somos nós que pegamos essa coisa chamada música e alinhamos com a coisa chamada tempo. Somos a marcação, a pulsação, estamos por trás de cada parte deste momento. E ao tornamos esse momento nosso, nós o tornamos infinito. Não há plateia. Não há instrumentos. Só corpos, pensamentos, murmúrios e olhares. É o show para dar um fim a todos os shows, porque é isso que importa. Quando o coração dispara, é para isso que está acelerando."
Nick e Norah é um livro bonito. Não em todos os detalhes, porque tem ele seus defeitos, mas os personagens são muito cativantes, reais, e incrivelmente normais.
O livro se passa todo em apenas uma noite. E linguagem é simples, muito rápido de ler, quando você percebe já esta perto do final. Os capitulos são intercalados, um do Nick (pelo David Levithan) e uma da Norah (pela Rachel Cohn). 
Nick & Norah, uma noite de amor e música ganhou uma adaptação cinematográfica em 2008, estrelado por Michael Cera e Kat Dennings.

Confiram o trailer:

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Livro: Tequila Vermelha

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Livro: Tequila Vermelha
Autor: Rick Riordan
Editora: Record
Páginas: 432


SinopseJackson 'Tres' Navarre retorna para sua cidade natal dez anos após o assassinato de seu pai. Porém, o caminho para as respostas em San Antonio, Texas, é bem mais difícil do que se pensava. Encontros com a máfia, jogos políticos, corrupção e dramas familiares tentarão desviar Tres da verdade ou matá-lo, o que acontecer primeiro. 







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"Conheça Tres Navarre... Ávido bebedor de tequila, mestre de Tai Chi, detetive particlar sem licença e com uma queda por problemas do tamanho do Texas."
Após receber uma carta de sua antiga namorada Lilian, Jackson 'Tres' Navarre resolve voltar para sua cidade natal San Antonio no Texas. Ele havia saído da cidade dez anos antes logo após o assassinato de seu pai. E atá antes disso ele se recusava a voltar a cidade.
Tres volta a cidade com o objetivo de reatar seu relacionamento com Lilian, e afim de resolver o mistério que cerca a morte de seu pai, já que o principal suspeito foi morto e a polícia não resolveu a caso completamente. Mesmo com todos os seus antigos amigos o persuadindo a deixar o que passou para trás.

Quando reabre o caso por conta própria, colocando em prática suas habilidades de detetive particular não licenciado, os problemas começam a aparecer, porque afinal Jackson Tres Navarre é sinônimo de problema.
No meio de todos esses problemas, envolvendo até a máfia, uma pessoa ligada a ele desaparece, e ele começa a tentar ligar o desaparecimento desta pessoa com a morte do seu pai. Até que todas as peças se encaixem e os culpados por tudo sejam os que menos aparentam ser.
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Pequeno resumo ok? Mas que isso e vou acabar soltando spoiler.
Tequila Vermelha é narrado em primeira pessoa, pelo Tres. O livro tem capítulos curtos que facilita muito a leitura, logo no primeiro capítulo você já fica com uma ideia do que vai encontrar no livro. Um humor sarcástico que faz ser impossível não rir com o Tres, ele consegue entrar em problemas inimagináveis.
É bem detalhado, é possível se conectar com o personagem e ter uma noção do misto de emoções que ele sente ao se lembrar do pai. Nos momentos 'flashback' quando o Tres se lembra do pai e conta alguns casos de infância é possível ver  que a semelhança que ele ele tem com o pai não fica só no nome.
Só senti um pouco de dificuldade no livro, com relação a quantidade de personagens, algumas vezes fiquei confusa de quem era quem, decorar nome e saber definitivamente quem era, só decorei cerca dez que são os que mais aparecem.

A série já possuí cerca de 7 livros nos EUA, mas aqui no Brasil até onde eu sei, só lançaram esse.

Recomendo para aqueles que queiram conhecem o outro lado de Rick Riordan, já que é um romance policial, é bem diferente do que a maioria das pessoas estão acostumadas a ler do autor.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Livro: A Esperança (Jogos Vorazes #3)

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Livro: A Esperança (Jogos Vorazes #3)
Autora: Suzanne Collins
Editora: Rocco
Páginas: 424



Sinopse:  A jovem Katniss Everdeen sobreviveu aos mortais Jogos Vorazes não apenas uma, mas duas vezes, e mesmo assim ela não tem descanso. Na verdade, os perigos parecem estar se agravando: o Presidente Snow declarou guerra contra Katniss, sua família, seus  amigos, e todas as pessoas oprimidas do Distrito 12.





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Esta resenha pode conter spoilers se você ainda não leu Jogos Vorazes e Em Chamas.

Depois de ser resgatada do Massacre Quaternário pelos rebeldes do 13 e descobri que sua casa, o distrito 12, não existe mais; a vida de Katniss toma um rumo completamente diferente. Agora, ela sabe de quase tudo que está acontecendo, sabe que não só foi mais uma peça nos Jogos da Capital, mas também sabe que foi enganada por pessoas que ela confiava.
Encontramos uma Katniss muitas vezes perdida, confusa, com medo, com dor, com raiva, desejando vingança.
"Meu nome é Katniss Everdeen. Eu tenho 17 anos de idade. Minha casa é o Distrito 12. Eu estava nos Jogos Vorazes. Eu escapei. A Capital me odeia. Peeta foi feito prisioneiro. Ele é considerado morto. O mais provável é que ele está morto. É provavelmente melhor se ele estiver morto..."
O distrito 13 passou anos com todos pensando que os dias negros realmente tinham acabado com eles, agora que eles se rebelaram, eles querem guerra. Morte por morte. E querem que Katniss seja a face desta rebelião. Querem que ela seja o Tordo.
Como Todor, Katniss faz exigências que só serão cumpridas se ela andar na linha, se ela fizer tudo que Coin, a presidente do 13, mandar. Mais uma vez Katniss é uma peça nos jogos, sendo, muitas vezes, manipulada sem nem perceber, indo em cada distrito para conseguir que eles sejam aliados dos rebeldes e não apoiem a Capital. Mas se os distritos lutarem conta a Capital com toda as forças que restam e vice versa, isso não levaria a decadência de Panem, talvez até a extinção de tudo que resta?
"Eu quero todos observando – quer esteja no lado da Capital ou no lado dos rebeldes – para parar por um momento e pensar no que poderia significar essa guerra. Para os seres humanos. Nós quase fomos extintos lutando entre nos mesmos antes. Agora os nossos números são ainda menores. As nossas condições mais atenuantes. É realmente o que queremos fazer Matar-nos completamente? Na esperança de que – quê? Alguma espécie decente herde os resíduos fumegantes da terra?"
Com o Peeta feito prisoneiro pela Capital logo em seguida do 75° Jogos, uma dos objetivos predominantes na mente da Katniss é trazê-lo de volta. Sem querer nem pensar que ele pode estar passando por todo tipo de tortura nas mãos do Pr. Snow. Katniss sabe que precisa resgatá-lo de qualquer maneira. Ela deve isso a ele. Mas quando e se Peeta voltar, ele ainda será mesmo? Ele ainda será a mesma pessoa gentil e bondosa como quando ela o viu pela última vez?

O principal objetivo da rebelião, é levar a Capital a queda e consequentemente o presidente Snow. E uma das exigências da Katniss para aceitar ser o Tordo, foi que ela teria o direito de matá-lo.
Para isso é necessário treinamento, um plano, é preciso estratégia para vencer a guerra. Com todas essas necessidades é possível conhecer mais o Gale, em combate, criando armadilhas, conhecer a personalidade dele, o ódio que ele sente pela Capital.

A arena não é está mais nos Jogos, a arena virou a realidade, a arena virou os distritos e a própria Capital. A arena é Panem. 
Mas será que o principal vilão é realmente a Capital? O que ela fez que a torna pior que o distrito 13? A capital matou pessoas? O 13 também, e foi o 13 que induziu a Capital a iniciar os Jogos Vorazes depois dos dias negros. Porque os Pacificadores são piores que os rebeldes? Ambos não estão tentando defender seu lado na guerra? Ambos não estão lutando por aquilo que acreditam ser o certo?
A Esperança nos leva a um final realista e emocionante que nos faz pensar sobre nossas ações como seres humanos sobre tudo. É um livro que nos faz pensar sobre a política passada, sobre a atual, e como vamos sobreviver se ela continuar assim no futuro.
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A Esperança é triste. Triste porque temos a oportunidade de conhecer melhor cada personagem, acompanhamos cada passo, cada emoção e toda a dor de cada um, para depois perdê-los abruptamente. Sentir, literalmente, o coração pulsar no ritmo da leitura. Atentar a cada frase lida. A cada escolha feita, a cada personagem deixado para trás.
Voltar para ler os parágrafos nos quais, você não acredita no que leu. E algumas vezes é necessário perguntar a si mesmo: 'Verdadeiro ou Falso?' E muitas vezes a resposta é apenas: Verdadeiro.
Triste porque é profundo. Profundo porque sabemos que é um livro com personagens e emoções reais, e você pode ter uma ideia de até onde pode chegar um ser humano, até que ponto um ser humano pode manipular o outro apenas para obter vantagens. Real porque você sabe que em uma guerra morrem pessoas boas, morrem pessoas que não a queriam, morrem pessoas que estavam ali somente para ajudar.
"Nós somos volúveis, seres estúpidos com memória fraca e um grande talento para a auto destruição (...)"
Há momentos nos quais você se pergunta: Onde está a esperança? É possível ver esperança em meio a uma guerra? É possível enxergar além da perda dos entes queridos e ver algo esperançoso nisto? Mas podemos encontrar a tal esperança em coisas simples como no canto de um pássaro.

Jogos Vorazes com certeza se tornou uma das minhas séries favoritas pela autenticidade, por conseguir chegar perto da realidade que vivemos. Porque nem sempre é como queremos, nem sempre o final feliz existe, mas podemos chegar o mais perto possível dele. E assim, uma chama de esperança permanece acesa.
Não vou me esquecer da garota em chamas e de sua coragem a tentar conduzir todos para aquilo que ela via como liberdade.


The Hanging Tree (A arvore e a forca)

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Novidades [Galera Record]

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Leviatã na Galera!

Em julho teremos o primeiro volume da série Leviatã, já ouviram falar? A história é de um gênero conhecido como steampunk, onde as invenções tecnológicas que existem no mundo de hoje aparecem em tempos beeem mais antigos, mas também diferente do nosso passado.

No caso de Leviatã, temos uma reinvenção de um cenário bem conhecido: a Primeira Guerra Mundial. Quem estudou um pouquinho de História sabe ao menos que tínhamos o império austro húngaro e a Alemanha versus a Inglaterra. No mundo de Westerfeld, eles dividem-se entre os makinistas e os darwinistas.
Os primeiros, vão lutar com gigantescas máquinas a vapor, cheias de armas e munição. Já os outros, têm um exército inteiro animais selvagens que foram treinados para a guerra. Já deu pra ver que essa briga não vai ser mamão com açúcar, né?
Texto retirado do site da Galera.

Confiram o booktrailer:




Leviathan:


Behemoth e Goliath:


Nos EUA os livros possuem algumas lustrações, espero que mantenham esse padrão aqui no Brasil. Confiram algumas ilustrações do livro:


sábado, 7 de janeiro de 2012

Livro: Em Chamas (Jogos Vorazes #2)

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Livro: Em Chamas (Jogos Vorazes #2)
Autora: Suzanne Collins
Editora: Rocco
Páginas: 416


Sinopse: Contra todas as probabilidades, Katniss Everdeen ganhou o anual Jogos Vorazes com seu companheiro de distrito, Peeta Mellark. Mas foi uma vitória conquistada por provocação a Capital e suas regras severas. Katniss e Peeta deveriam estar felizes. Afinal, eles ganharam não apenas para si mas também para suas famílias uma vida de segurança e abundância. Mas há rumores de rebelião em outros distritos, e Katniss e Peeta, para seu horror, são os rostos da rebelião. A Capital está irritada. A Capital quer vingança.



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Esta resenha pode conter spoilers se você ainda não leu Jogos Vorazes.

A Capital tomou a sobrevivência de Katniss e de Petta a 74° edição dos violentos Jogos Vorazes como um insulto. O último gesto  de Kaniss para tentar manter ela e Peeta vivos na arena, teve consequências que ela jamais imaginaria. Depois da queda do distrito 13, ninguém jamais havia ousado desafiar a autoridade da Capital novamente; e Katniss acabou fazendo isso, mesmo que involuntariamente.
"Tudo que eu estava fazendo era tentar manter Peeta e eu vivos. Qualquer ato de rebelião foi  puramente acidental. Mas quando o Capitol decreta que apenas um tributo pode viver e você  tem a audácia de desafiá-lo, acho que isso por si só é uma rebelião."
Involuntariamente ela começou a rebelião, e da mesma forma ela se tornou a face da mesma. O Mockingjay presente em seu boche na arena virou a representação de uma revolta por si só.
Os rumores que os outros distritos estão se revoltando estão cada vez mais forte. E Katniss sabe que a coisa ficou mais grave do que ela pensava, quando recebe uma visita inesperada do Presidente Snow, que vai a sua casa apenas para ameaçar a ela e aos que ela ama caso ela se envolva ou faça algo para que as chamas da rebelião se espalhem.

Em meio a todas as ameaças da Capital e Revolta dos distritos, Katniss ainda se vê confusa em relação a seus sentimentos por Peeta e Gale. Manter o 'romance de mentirinha' que iniciou com Peeta durante os Jogos é essencial para que o Presidente Snow acredite que ela não teve a intenção iniciar a revolução. Mas isso não é tão fácil quando ela sabe que o que Peeta sente por ela vai muito além de mentiras. E ainda tem o Gale, que por tanto tempo ela pensou que não passava apenas de uma amigo.

Com as revoltas crescendo o Presidente Snow sabe que só há um meio de impedi-las, e ele tomará as providências necessárias.

Além de tudo isso, este ainda é o ano do Massacre Quaternário, uma edição especial dos Jogos Vorazes que acontecem há cada 25 anos. O máximo que Katniss e Peeta poderiam esperar era serem mentores dos novos tributos do distrito 12. Mas como é uma edição especial o improvável pode acontecer; e o que acontece é que os tributos para os Jogos serão colhidos apenas dos que já venceram os Jogos anteriormente em cada distrito; ou seja, Katniss terá que voltar para a arena, Peeta ainda pode ter opção, mas ele escolhe ir ao seu lado.

Então, foi isso que o Presidente Snow planejou: Katniss e Peeta de volta na arena, junto com todos os outro experientes vencedores das últimas edições dos Jogos. E desta vez ele espera que as chances não estejam a favor deles. O que ele não sabe é que desta vez todos tem um inimigo em comum: a Capital.

Em Chamas é como uma fagulha acesa que consegue fazer a série pegar fogo. 
Depois de ler Jogos Vorazes eu criei altas expectativas para Em Chamas sem medo algum de ser frustrada. O segundo livro da série tem uma narrativa de tirar o folego; o típico livro que você não consegue fechar até que o mesmo acabe.
Alguns personagens novos, alguns antigos que temos a oportunidade de conhecer melhor. E as revoltas, na minha opinião, são o ponto alto do livro. Distritos se revoltando contra um regime totalitário. É tão real na minha mente que depois de acabar o livro fiquei horas pensando e analisando tudo.
Mais que recomendado para todos que já leram Jogos Vorazes, se  você ainda não começou a ler esta série, te conselho a começar logo.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Livro: Jogos Vorazes

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Livro: Jogos Vorazes
Autora: Suzanne Collins
Editora: Rocco
Páginas: 397


Sinopse: Após o fim da América do Norte, uma nova nação chamada Panem surge. Formada por doze distritos, é comandada com mão de ferro pela Capital. Uma das formas com que demonstram seu poder sobre o resto do carente país é com Jogos Vorazes, uma competição anual transmitida ao vivo pela televisão, em que um garoto e uma garota de doze a dezoito anos de cada distrito são selecionados e obrigados a lutar até a morte!




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Em um período não identificado no futuro surge Panem, uma nação que ficou no lugar da América do Norte depois de guerras e  mais guerras que acabaram com o continente. Panem surge em um cenário pós apocalíptico; é formada por 12 distritos e é comandada pela Capital.
Os Jogos Vorazes é uma competição anual realizada pela Capital para demonstrar seu poder sob os distritos - depois de uma rebelião provocada pelo distrito 13 que desde então foi extinto - transmitidos em tempo real pela televisão para que todos possam assistir. Todo ano são escolhidos um garoto e uma garota de cada distritos para serem entregues como tributos aos Jogos e lutarem até a morte. O que conseguir permanecer vivo até o final tem como prêmio  fama e fortuna.
E é no distrito 12, vamos ressaltar que é um dos distritos mais pobres de Panem, que surge nossa heroína Katniss Everdeen, uma garota de 16 anos, caçadora que perdeu seu pai cedo e desde então passou a ter a obrigação de sustentar sua família e salvá-los da fome que é o mal mais presente do distrito 12. Katniss aprendeu a caçar com seu pai, e caça junto com seu amigo Gale.
"Distrito Doze. Onde você pode morrer de fome em segurança."
O dia da colheita é o dia do sorteio no qual são escolhidos os tributos para os Jogos em cada distrito. Cada jovem de 12 a 18 anos é obrigado a ter seu nome no globo do sorteio pelo menos uma vez. Muitos como Katniss tem seus nomes colocados bem mais que uma vez, pois é possível colocar seu nome por cada membro da sua família para conseguir mais porções de alimento por ano.
E no sorteio, o improvável acontece, a irmã de Katniss, a pequena Prim de apenas 12 anos, é sorteada, mesmo tendo posto seu nome apenas uma vez as canhes estavam a seu favor. Na tentativa de livrar sua irmã dos violentos Jogos, Katniss se volutaria como tributo e toma o lugar da sua irmã. Logo após, o garoto a ser tributo também é sorteado e seu nome é: Peeta Mellark. O garoto que um dia salvou Katniss da fome. Agora eles representarão o distrito 12 nos Jogos Vorazes.

Após a escolha dos tributos, eles são levados para treinamento. Eles precisam de patrocinadores para aumentarem suas chance e audiência nos Jogos; afinal, é tudo uma questão de audiência e demostração de poder. Pois, nos distritos todos são obrigados a assistir aos Jogos, enquanto na Capital, as pessoas fazem por diversão.
Nesse meio tempo, Katniss se vê em dúvida se deve ou não confiar em Peeta. Ele salvou sua vida uma vez, e ela deve isso a ele, mesmo ele não tendo falado nada a respeito. E ele é sempre amigável e gentil. Ela passa a se perguntar se isso não seria parte de uma estratégia para vencer os Jogos, já que todos são inimigos e só deve haver um sobrevivente.

Então, os Jogos Começam. Para viver, vencer é a única opção. E esse é o objetivo comum de todos os tributos.
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Incrível. Se há uma palavra que descreva Jogos Vorazes esta palavra é: Incrível.
Logo no começo da leitura eu sabia que de maneira alguma me arrependeria. O livro tem todos os componentes que me fazem gostar de uma estória: distopia, ação, personagens reais. Li como se não houvesse amanhã!
A partir do momentos no qual o Jogos realmente começaram, comecei a assemelhar os Jogos com Os torneios de luta na roma antiga. Aqueles nos quais os gladiadores lutavam até a morte para divertir o imperador e a platéia. Vários homens eram colocados em uma arena para lutarem até a morte com violência realista e proporcionando o que o povo mais desejava: ver sangue. E no final, estaria apenas um vencedor.
Tenho quase certeza que essa foi a base principal da Suzanne Collins para escrever Jogos Vorazes. Para mim, isso ficou muito claro.
Os tributos são os gladiadores. São obrigados a matar uns aos outros no arena até que reste apenas um. Para que? Apenas para a Capital (Um tipo de governo totalitário, que podemos enxergar como o Imperador neste caso) e para toda população se divertir assistindo. Quando as coisas se tornam tediosas de mais os gamemakers (diretores/criadores dos jogos) sempre dão um jeito de trazer a ação de volta aos Jogos apenas para não perderem a audiência.
Outra coisa que fica um pouco óbvia é que Na antiga Roma, a luta dos gladiadores fazia parte da política 'Pão e Circo' que era promovida pelo Império Romano, tendo como principal objetivo divertir o povo para que eles não se revoltassem com os prolemas sociais da época. E é exatamente isso que acontece com a Capital, eles promovem os Jogos Vorazes para impedir que as pessoas se rebelem como já havia acontecido anteriormente, se eles realmente atentassem para tudo o que acontece durante os Jogos, talvez eles percebessem que o verdadeiro Jogo quem joga é a Capital, e joga com eles.
Outra semelhança é o nome da nação Panem, com certeza deve derivar de Panem et circenses, que literalmente se traduz como 'pão e circo'. Uma referência direta a política utilizada pela roma antiga.

Com certeza superou minhas expectativas, e estou super ansiosa para poder ler 'Em chamas' o segundo livro da série. Sei que todos sabem que o livro ganhou uma adaptação cinematográfica que chegará aos cinemas em 23 de março de 2012.

"E que as chances estejam sempre ao seu favor."

domingo, 1 de janeiro de 2012

New Beginning. New Hopes. New Dreams.

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O que passou ficou para trás. Isso se encaixa em todos os termos?
Se o que passou foi bom para você, isso não ficou definitivamente para trás, você o visitar constantemente em sua memória. 
Se o que passou  não foi um mar de rosas, você 'simplesmente' procura esquecer. Embora seja difícil.
Como foi seu último ano? Foi bom? Foi ruim?
Como todos você deseja que este ano que se inicia seja melhor?

No final de um ano, no começo do outro, sempre fazemos mil e uma promessas de que tudo será melhor, de que as coisas vão mudar e blá, blá, blá. 

Para que as coisas mudem precisamos mudar primeiro. Um dia alguém me disse que 'é inútil procurar resultados diferentes nas mesmas ações.' Será que nós estamos realmente procurando fazer o certo para ver as coisas começarem a mudar, ou apenas insistimos no mesmo erro?

Precisamos renovar nossas esperanças, talvez isso signifique esquecer o que deu errado e apenas tentar novamente. Quem sabe dessa vez não da certo?

Precisamos de novos sonhos, e precisamos lutar por eles. Persegui-los até alcança-los. E então vivê-los intensamente. E serão melhor do que conseguimos pensar ou imaginar.

Que tenhamos sempre gratidão em nossos corações, e que apesar de algumas dificuldades que surgirão no caminho, possamos olhar para o céu e agradecer a Ele por esta conosco nos momentos difíceis.

Que em 2012 possamos realizar tudo aquilo que não realizamos em 2011. E que seja um dos melhores anos da nossa vida. Não o melhor, apenas um dos melhores. Afinal, as chances estão sempre ao nosso favor.