sexta-feira, 6 de julho de 2012

Livro: Jogador N° 1

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Livro: Jogador N°1
Autor: Ernest Cline
Editora: Leya
Páginas: 464



SinopseCinco estranhos e uma coisa em comum: a caça ao tesouro. Achar as pistas nesta guerra definirá o destino da humanidade. Em um futuro não muito distante, as pessoas abriram mão da vida real para viver em uma plataforma chamada Oasis. Neste mundo distópico, pistas são deixadas pelo criador do programa e quem achá-las herdará toda a sua fortuna. Como a maior parte da humanidade, o jovem Wade Watts escapa de sua miséria em Oasis. Mas ter achado a primeira pista para o tesouro deixou sua vida bastante complicada. De repente, parece que o mundo inteiro acompanha seus passos, e outros competidores se juntam à caçada. Só ele sabe onde encontrar as outras pistas: filmes, séries e músicas de uma época que o mundo era um bom lugar para viver. Para Wade, o que resta é vencer – pois esta é a única chance de sobrevivência. A vida, os perigos, e o amor agora estão mais reais do que nunca. 

           O livro se passa em um futuro não muito distante (ano de 2045) e não muito improvável. O mundo que vivemos hoje não 'acabou' como acontece na maioria dos romances distópicos que conhecemos, o que acontece é que os combustíveis fosseis se esgotaram, logo, a sociedade atual se estagnou. A pobreza e miséria estão presentes nas ruas, até onde os olhos podem enxergar. Em mundo como esse, qualquer pessoa daria tudo para poder sair da realidade ruim para conhecer um lugar novo, um lugar melhor.
           Esse 'lugar melhor' existe. O OASIS foi criado por James Halliday, um geek que criou seu império a partir dos games. Depois do OASIS, as pessoas passaram a esquecer a realidade e passaram a estudar, trabalhar e se divertir logados ao OASIS. No OASIS tudo é possível, para acessar cria-se um avatar com a aparência desejada, um nick name, e a partir daí tudo é possível dentro do limite da sua conta. Em resumo o OASIS é um novo mundo, onde as pessoas podem se esconder da realidade.
           O livro começa com o testamento de James Halliday. Nele Halliday dá início a uma caça ao tesouro dentro do OASIS, onde, aquele que achar seu Easter Egg herdará sua fortuna, e será o novo proprietário do OASIS. Porém após 5 anos depois da morte de Halliday, ninguém encontrou nenhuma das chaves e portões que ele deixou escondidos pelo OASIS. A única coisa que Halliday deixou, para dar um pontapé inicial foi um tipo de enigma, mas, mesmo assim, passado os cinco anos ninguém conseguiu chegar a lugar nenhum por ele.
           Até que um dia um garoto normal de 18 anos, Wade (conhecido no OASIS como Perzival), finalmente consegue descobri o que o primeiro enigma significava, e assim, desperta novamente o espirito de caça de todos os caça ovos deste novo mundo, e a partir daí tudo muda drasticamente.

          Eu considero Jogador N°1 um livro para geeks, gamers, nerds de qualquer tipo, pessoas que amam os anos 80 e afins. Jogador N°1 desperta o nerd que existe dentro de cada um de nós, e sendo assim, e um livro adorado por quem o lê.
         Cheio de referências a cultura pop dos anos 80, incluindo todo tipo de série, bandas, games, filmes e tudo mais que é possível imaginar, com um enredo diversificado em vários pontos, e com muitas surpresas ao virar de cada página, é um livro inovador.
           Apesar da ideia de game ser um pouco batida para alguns e nada original para outros, eu considero a criação do Ernest Cline bem inovadora e diversificada em vários aspectos, e um deles é o ponto chave do livro: as referências. No livro, Halliday nos é apresentado como um adorador nos anos 80 por ter vivido nesta década sua adolescência, logo, é por esse motivo que toda a caça e voltada para dicas que apenas conhecedores/estudiosos da década de oitenta são capazes de descobrir.
           Alguns capítulos do livro são bem descritivos sobre algumas coisas e sobre como ou porque tais coisas aconteceram. Não nego que quando a explicação começa a ficar um pouco longa, começa a ficar um pouco tedioso, mas quando menos esperamos as coisas começam a acontecer novamente. E a leitura se torna aquela do tipo 'só vou ler mais esse capítulo...' e quando percebe já leu só mais uns cinco capítulos.
           De forma geral eu gostei bastante do livro e achei interessante a maneira como as coisas foram acontecendo até o desfecho da estória. Mas não acho que seja um livro para todos os gostos, então talvez algumas pessoas leiam e acabem não gostando tanto, mas, de qualquer forma sempre há esse risco.
           Então, se você quer ver citações à Star Trek, Star Wars, Doctor Who, Atari, O Feitiço a Áquila, Curtindo a vida adoidado e etc. Jogador N°1 e o livro para você.