sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Livro: Os Primeiros Dias

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Livro: Os Primeiros Dias (Vampiros em Nova York #1)
Autor: Scott Westerfeld
Editora: Galera
Páginas: 334

Sinopse: Após passar uma noite com uma misteriosa mulher, Cal Thompson é infectado por um parasita. Mas ele se torna apenas um portador do vírus. Ganha visão noturna, olfato aguçado, força e agilidade, mas fica livre de se tornar um peep completo - criatura terrível mais conhecida como vampiro.






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Scott Westerfeld é biologicamente um gênio. Se me restava alguma dúvida sobre o talento do Scott (e acredite, não restava nenhuma) ela foi dissipada com este livro.

Cal Thompson é um adolescente de 19 anos que se mudou do Texas para Nova York para cursar faculdade de Biologia, em alguma das suas primeiras noites em Nova York decide ir conhecer a cidade e acaba em um bar estranho conversando com uma estranha garota.
Bom, depois dessa 'conversa' a vida de Cal nunca mais foi a mesma, agora ele não é mais um adolescente normal, ele é um parasita positivo, ou simplesmente um peep - como alguns preferem ser chamados.

Peeps são um tipo de vampiro; mas esse não é bem o nome mais apropriado. Vampiros Biológicos? Talvez. Mas há uma explicação para todos os mitos sobre vampiros que todos conhecem, e bem, tudo é culpa de um parasita. Peep é uma abreviação para parasita positivo; o parasita é responsável por passar o vírus de pessoa para pessoa, tipo uma dst. Logo, o vírus traz algumas características um tanto 'vampirescas', mas todas biologicamente explicadas e de uma maneira muito simples e fácil de entender.

Cal é portador do parasita, mas não desenvolve todos os seus sintomas negativos. O parasita dele é um mais comportado, acho que o mais comportado que um parasita pode ser. Cal trabalha para a Patrulha Noturna - um tipo de entidade para caçar os novos peeps que geralmente não são tão controlados. O livro tem início com uma breve busca a algumas de suas ex-namoradas, já que tecnicamente foi ele que passou o vírus para elas, ele procura uma a uma para tentar lhes oferecer tratamento, ou pelo menos fazer com que elas parem de atacar pessoas.
Mas o objetivo principal de Cal é saber quem foi que lhe passou o vírus, tudo o que ele lembra dela é seu nome: Morgan. Sem sobre-nome, sem nada, Cal só sabe o primeiro nome da garota que mudou sua vida e depois desapareceu. Ele quer descobrir quem ela é, então passa a procurá-la, nesta procura acha seu antigo antigo apartamento, porém ela não está lá, ao invés disso ele acabada se deparando com outro caso, um tanto secreto e passa a investigar mais minuciosamente. Daí começa o mistério e um pouco de ação, o que ele descobre é um tanto inesperado, mas como eles descobre aos poucos no decorrer do livro, não é tão chocante, mas é bem interessante, e a maneira como ele descobre faz você ficar tipo: 'woow!'
Bom, no meio de tudo isso ele conhece a Lace, e aí você já sabe desde da primeira vez que ela aparece que eles serão um casal. A Lace é uma personagem cativante, inteligente e tem aquele humor irônico que faz toda a diferença do livro, em algumas partes eu não consegui segurar o riso.
O livro é narrado em primeira pessoa pelo Cal. Isso ajuda muito nos capítulos biológicos sobre parasitas, e ajuda também quando ele começa a descrever alguns sintomas da doença, pois é usada uma linguagem coloquial e não formal, assim você passa a conhecer a biologia de uma maneira legal, que nem parece que é a mesma biologia dos livros do colégio.
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Eu não gosto muito de vampiros (a verdade é que toda essa moda me cansou), mas eu amei esse livro, algumas vezes até da pra esquecer que é uma estória sobre vampiros pelo modo como eles são colocados. Totalmente diferente de tudo que você já leu sobre os sanguessugas. Vampiros modernos na cidade de Nova York, ratos que seguem fielmente os peeps e um gato estranho

Outras capas:

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Thanksgiving Day!

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Hoje é dia de ação de Graças! Acho que é uma data importante, embora até alguns anos atrás aqui no Brasil eu não ouvia notícias sobre; mas ultimamente vem sido comemorado ou apenas lembrado. Mas isso já é um bom começo. Então vou fazer um breve post sobre esse dia tão especial, um dia de gratidão.



Dia de Ação de Graças conhecido em inglês como Thanksgiving Day, é um feriado celebrado nos Estados Unidos e no Canadá, observado como um dia de gratidão a Deus pelos bons acontecimentos ocorridos durante o ano. Neste dia, pessoas dão as graças com festas e orações.
O primeiro deles foi celebrado em Plymouth, Massachusetts, pelos colonos que fundaram a vila em 1620. Após péssimas colheitas e um inverno rigoroso, os colonos tiveram uma boa colheita de milho no verão de 1621. Por ordem do governador da vila, em homenagem ao progresso desta em relação a anos anteriores, uma festividade foi marcada no início do outono de 1621. Os homens de Plymouth mataram patos e perus. Outras comidas que fizeram parte do cardápio foram peixes e milho. Cerca de noventa índios também participaram da festividade. Todos comeram ao ar livre em grandes mesas.
Porém, por muitos anos, o Dia de Ação de Graças não foi instituído como feriado nacional, sendo observado como tal em apenas certos estados americanos, como Nova Iorque,Massachusetts e Virgínia. Em 1863, o então presidente dos Estados Unidos, Abraham Lincoln, declarou que a quarta quinta-feira do mês de novembro seria o Dia Nacional de Ação de Graças.
Tanto nos Estados Unidos quanto no Canadá, o Dia de Ação de Graças é geralmente um dia em que as pessoas utilizam o tempo livre para ficar com a família, fazendo grandes reuniões e jantares familiares. É também um dia em que muitas pessoas dedicam seu tempo para irem à cultos na igreja e fazerem orações.
O Dia de Ação de Graças é celebrado também com grandes desfiles e, nos Estados Unidos, com a realização de jogos de futebol americano. O principal prato típico do Dia de Ação de Graças, geralmente, é peru, o que dá ao Dia de Ação de Graças o apelido de "Dia do Peru" (turkey day). Além disso, cookies também são muito tradicionais nessa data.


Cupcakes. *-*
Thanksgiving Day Parade *-*
Thanksgiving Day Parade. *-*
Aqui no Brasil, o presidente Gaspar Dutra instituiu o Dia Nacional de Ação de Graças, através da lei 78V1SK, de 17 de agosto de 1949, por sugestão do embaixador Joaquim Nabuco, entusiasmado com as comemorações que vira em 1909, na Catedral de São Patrício, quando embaixador em Washington. Em 1966, a lei 5110 estabeleceu que a comemoração de Ação de Graças se daria na quarta quinta-feira de novembro. Esta data é comemorada por muitas famílias de origem americana, por algumas Igrejas cristãs, como a Igreja Presbiteriana, universidades confessionais metodistas e cursos de inglês.
Fonte: Wikipédia.
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O Thanksgiving day com certeza é um feriado lindo nos EUA. Infelizmente aqui no Brasil não é assim. Mas acho que o que realmente importa é o sentimento de Gratidão que é formado no coração de cada pessoa. Por isso é tão importante agradecer à Deus por todas as bençãos que Ele nos tem dado. E pelo simples dom da vida.
Tire um tempo hoje, nem que seja apenas 1 minuto, para agradecer por tudo que Ele tem feito por você, pelos seus amigos e sua família. E lembre-se que o mais importante hoje é simplesmente ser grato.
"Palavras não são suficientes, mas por enquanto posso dizer Obrigado." Sanctus Real - Thank you

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Livro: Paixão, Drogas e Rock'n'roll

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Livro: Paixão, Drogas e Rock'n'Roll
Autora: Daniela Niziotek
Editora: Maquinária
Páginas: 192

Sinopse: Brian Blue é vocalista e líder de uma das maiores bandas de hard rock do início dos anos 90 e Vicky, uma adolescente brasileira. Desse encontro improvável, nasce uma história de amor com todos os ingredientes dos tempos modernos. Com rara sensibilidade, Daniela Niziotek envolve o leitor ao abordar as dificuldades e concessões enfrentadas para a concretização dessa relação quando um fato trágico se interpõe, mudando para sempre a vida dos personagens. De modo delicado e comovente, mas com aguda percepção, Daniela fala das belezas e dores humanas, trazendo à tona, em meio a uma torrente de sentimentos, os bastidores do mundo do rock. Um mundo de muito glamour, mas também de desencanto e impossibilidades extremas. Brian e Vicky vivem e sofrem os dilemas do amor e da paixão, da insensatez e da lucidez, da luta para fazer prevalecer a razão em um universo cheio de contradições. Dessa mistura de emoções, nasce uma trama muito bem urdida que nos faz pensar sobre a essência do amor e suas nuances mais caprichosas e imprevisíveis.
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Brian Blue é vocalista do Fears, uma das maiores bandas de hard rock dos anos 90. Brian é o típico astro do rock, vive na mídia, usufrui de todas as regalias que sua fama pode lhe proporcionar, isso envolve drogas, brigas, discussões e consequentemente: decadência. Saído de um casamento conturbado, pois sua esposa também vivia afundada nas drogas, comete um erro, em um momento de lucidez, que muda o rumo da sua vida.

Depois do fim do seu casamento passa a se dedicar inteiramente a música, que é a única coisa que ele tem na vida que foi permanente desde o início. Mas não consegue ficar completamente longe do álcool e das drogas.
Em uma de suas turnês, vem parar no Brasil, e conhece Vicky, e depois daquele dia sua vida sofrerá uma reviravolta incrível.

Vicky é uma adolescente de 18 anos que acabou de passar no vestibular e irá começar a estudar filosofia na USP. É uma garota normal, sossegada que curte mpb. Para ficar mais perto da faculdade, ela e sua nova amiga Carol alugam uma casa e passam a morar juntas. Foi o irmão de Carol que levou as duas para aquele Show dos Fears que tanto mudou a vida de Vicky.

A Paixão nasce, é inevitável. Mas com ela vem uma série de complicações, afinal não é fácil se apaixonar e conviver com um astro rock; e Vicky prefere manter tudo em segredo de todos que conhece, família, amigos, com exceção de Carol, Ricardo e o pessoal da banda.
O amor dos dois é forte, intenso e sofre várias reviravoltas. Mas eles se amam, e assim planejam em ter uma vida juntos. Fazem todo tipo de plano para o futuro, e Brian é excêntrico, adora exageros e surpresas. Vicky passa a viajar para Los Angeles constantemente, e Brian vem para o Brasil algumas vezes, já que para ele é mais difícil por causa dos shows.
Até que uma notícia abala a vida e o futuro dos dois. Um erro que Brian cometeu em um passado não tão distante vem à tona, e nada será mais como era antes.
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Paixão, Drogas e Rock'n'Roll é um livro forte. Eu já havia lido um spoiler sobre a estória, então eu já sabia com que ia me deparar. Mas creio que isso não mudou em nada minha visão sobre tudo o que acontecia. É um livro diferente, longe dos clichês de final feliz.
O Brian é um personagem de personalidade forte, impulsivo. Eu mesma fiquei até um pouco chocada com algumas atitudes dele, mas no final de tudo eu acho que o entendia. Imaginei o Brian um pouco parecido com o Kurt Cobain.
Acho que o único ponto negativo do livro para mim, é que tudo acontece muito rápido, e eu gosto de detalhes, mas nada que tire a emoção da estória.
É narrado em terceira pessoa, logo, tem-se uma visão ampla dos acontecimentos.
Então, se você gosta de fortes emoções é mais que recomendado.
Quote:
"Tudo que eu vejo em seus erros é a vontade de acertar, Brian,  eu vejo você, e quanto mais vejo, mais eu te amo. Eu amo você, com todos os seus acertos e erros." Pág. 76

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Livro: Antes que eu vá

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Livro: Antes que eu vá
Autora: Lauren Oliver
Editora: Intrínseca
Páginas: 368



SinopseSamantha Kingston tem tudo - o namorado mais cobiçado do universo, três amigas fantásticas e todos os privilégios no Thomas Jefferson, o colégio que frequenta - da melhor mesa do refeitório à vaga mais bem-posicionada do estacionamento. Aquela sexta-feira, 12 de fevereiro, deveria ser apenas mais um dia de sua vida mágica e perfeita. Em vez disso, acaba sendo o último. Mas ela ganha uma segunda chance. Sete 'segundas chances', na verdade. E, ao reviver aquele dia vezes seguidas, Samantha começa a desvendar o mistério que envolve sua morte - podendo descobrir, enfim, o verdadeiro valor de tudo o que está prestes a perder.

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Samantha Kingston é uma garota popular. Ela junto com suas amigas Lindsay, Elody e Ally são o que se pode chamar de a elite do Thomas Jefferson - o colégio no qual estudam. Sam tem tudo o que quer, até o que não precisa. Está acostumada a chamar atenção em qualquer lugar que chega, e a que as pessoas façam o que ela quer; e mesmo se as pessoas não quiseram, ela humilha quem for necessário para conseguir as coisas.
Uma dia, aparentemente como outro dia qualquer, Sam acordar e segue sua rotina de ir ao colégio, ver suas amigas, ver seu namorado, praticar seu bullying diário de cada dia.
Mas esse dia acaba sendo o último, na verdade deveria ser o último, mas Sam acaba ganhando uma segunda chance, na verdade ela ganha sete segundas chances, para reviver aquele dia, e tentar descobri o mistério de sua morte, e entender o verdadeiro valor da vida.

Na primeira vez vez que Sam morre e acorda no mesmo dia, ela acha que tudo não passou de um sonho, algumas vezes se questiona sobre isso, acha que está tendo uma série déjà-vu's e acaba fazendo tudo do mesmo jeito. E então, tudo acaba do mesmo jeito. Na manhã do mesmo dia.
No segundo dia, Sam, mesmo sem entender, pensa na possibilidade que talvez ela esteja morta.
"Está é a primeira vez que realmente penso - a primeira vez que me permito pensar. Talvez os acidentes - ambos - tenham sido reais.  E talvez eu não tenha sobrevivido. Talvez quando a pessoa morre, o tempo se dobre nela, e ela fique dentro dessa bolha para sempre. [...]"
Eu achei que a ficha cairia rapidamente, e Sam começaria a pensar mais sobre seus atos e as consequências que eles provocam, mas ela apenas passa a curti mais a vida, pois sabe que poderá reviver o mesmo dia e que as pessoas não se lembrarão do que ela fez. Mas no final a fica realmente caí, e então ela percebe que não importa o que faça ou o quanto curta, sempre acabará se sentindo vazia e triste.

Depois de algumas tentativas, de apenas curti ou fazer coisas normais, que ela começa a entender a dimensão do que está acontecendo com ela. Cada dia que ela acorda novamente e percebe que ainda é sexta-feira, 12 de fevereiro. E que ela terá de passar por tudo novamente, e mesmo lutando contra o que acontece no final, talvez ela no fundo saiba, mas mesmo assim se permite acreditar que pode ser diferente.
"Eis outra coisa a se lembrar: a esperança o mantém vivo. Mesmo quando você está morto, é a única coisa que o mantém vivo."  
No começo conhecemos uma Sam fútil, que não leva as coisas muito a sério e que só liga pra si, e talvez se ache o centro do universo. Mas cada página virada, acompanhamos as mudanças dela, das atitudes e pensamentos que a cercam. E nos emocionamos com o desejo que ela passa a ter pela vida. Mesmo que talvez, seja tarde demais.

Nos deparamos com personagens marcantes, cada uma com suas particularidades e seu defeitos.

Conhecemos Lindsay, Ally e Elody, melhores amigas da Sam, às vezes elas podem parecer chatas, arrogantes e até mesmo más. As típicas garotas populares que costumamos ver em filmes. Mas mesmo cada uma delas, com seus erros e defeitos, sabem cativar o leitor, pois elas são melhores amigas e fazem tudo uma pelas outras. E mesmo com tantas maldades, no decorrer do livro é possível entendê-las em parte, cada uma tem um motivo para ser como são, para agirem como agem. Não estou defendendo nem justificando nenhuma ação do livro, pois o bullying é um tema muito forte e muito difícil de ser tratado, e em algumas partes do livro, eu senti verdadeiro ódio por algumas atitudes de Sam e suas amigas tomavam. Elas sabiam o mal que estavam fazendo e mesmo assim continuavam, mas acho que tudo isso faz com que a estória seja mais profunda em cada um de seus detalhes.
  • “Sei que alguns de vocês devem estar pensando que talvez eu mereça.(…) Mas antes que comece a me acusar, permita-me fazer uma pergunta: O que fiz foi realmente tão ruim? Tão ruim que eumerecia morrer por isso?
  • Tão ruim que eu merecia morrer assim?
  • O que fiz foi realmente tão pior do que o que todo mundo faz?
  • É realmente muito pior do que o que você faz?
  • Pense a respeito.”
Conhecemos Kent, e conhecemos Rob. 
Kent é adorável, apaixonante. Um personagem muito bem construído e completamente cativante, é incrível a maneira como ele trata os momentos, como ele trata as pessoas. E como ele sempre tratou a Sam independente de tudo.
Acho que alguns dos melhores momentos do livro, são os que Sam passa com Kent, que não são muitos, mas são suficientes para fazer toda diferença, é possível ver o amor.
Rob, o namorado da Sam, é detestável. Simplemente isso. Um cara fútil e vazio que não transparece emoção nenhuma.

E conhecemos a Izzy, irmã mais nova da Sam. Que faz uma grande diferença na maneira como lida com tudo, e com certeza é responsável por grandes mudanças que acontecem com a Sam.

Acho que todo o livro serve como uma lição de que não podemos julgar ninguém, pois por mais que pensamos conhecer as pessoas, não conhecemos verdadeiramente.

"As tentativas de Samantha para salvar a própria vida e consertar estragos que provocou são justamente o que vai envolver os leitores e mantê-los vidrados até o momento em que ela consegue viver seu último dia da maneira certa."

> Booktrailer: